Mosteiro dos Jeronimos e seu Simbolismo Espiritual
Este Mosteiro foi construido por Mestres da Pedra ou Maçons
sob a orientação espiritual e simbólica de Iniciados.
Nessa igreja, os grandes navegadores como Pedro Álvares
Cabral, Vasco da Gama e outros, faziam vigílias antes de partirem para as suas
grandes viagens marítimas.
Como parte de um ritual de iniciação os futuros navegadores
deviam procurar as colunas com a “mão de
Deus”, que deviam tocar (o que explica o desgaste que se observa nos motivos) como
protecção nas suas viagens.
Era local de Iniciaçoes espirituais e na sua construção foram
incluidos simbolos esotéricos que sirvam para a ’aprendizagem‘ dos Iniciados.
Este simbolismo do Raio na mão de Zeus representa a Última Essência.
Por isso, o Vajra-yana (Budismo Tibetano) é o Caminho do Raio, ou a Via do Raio. Ou seja, o caminho para chegar até ao Raio.
Este simbolismo do Raio na mão de Zeus representa a Última Essência.
Por isso, o Vajra-yana (Budismo Tibetano) é o Caminho do Raio, ou a Via do Raio. Ou seja, o caminho para chegar até ao Raio.
No Claustro do
Mosteiro dos Jerónimos encontramos um ouroboros no tecto.
Símbolo de
eternidade, renovação alquímica da matéria e unidade do cosmos e do infinito a
serpente que morde a sua própria causa é um símbolo que se repete (várias
vezes) no claustro da Sé Catedral de Lisboa.
No painel
central do grandioso pórtico sul do Mosteiro dos Jerónimos encontramos o
Infante Dom Henrique.
A posição onde se encontra a sua estátua está carregada
de valor simbólico, estando no eixo que separa o “céu” da “terra” (Nossa
Senhora dos Reis Magos e Arcanjo São Miguel).
Dom Henrique é aqui tanto mais invulgar, porque é o único “homem comum” representado nesta fachada, o de evidencia a sua importância para o projeto quinto imperial que então Portugal estava a construir.
O Infante
Dom Henrique designava a região onde se viria a construir o Mosteiro dos
Jerónimos como “Beth-Lehem”, isto é, a “casa do pão” em hebraico.
Esta poderia
ser uma alusão ao local onde esperava – no seu magistral plano quinto imperial –
lançar as bases do novo Homem, iniciado em Cristo e no Império, novo Cristo que
partiria a desbravar e a evangelizar o mundo.
Antes do
Mosteiro dos Jerónimos ser construído existia neste local uma Capela da Ordem de
Cristo que prestava “apoio espiritual” aos navegadores que destas praias (então
ainda a poucos metros da atual fachada do mosteiro) partiam para as
Descobertas.
Seria nesta
capela que se desenrolavam as cerimonias de iniciação que depois foram
transferidas para o interior do mosteiro, e nomeadamente para a Igreja dos
Jerónimos.
No pórtico
sul do Mosteiro dos Jerónimos podemos observar representações do Sol e da Lua,
assim como dois medalhões com as efígies do rei e da rainha.
O rei está
representado com o pétaso, chapéu com asas do deus Hermes.
Um e outro
símbolo aludem à dualidade sexual (Enxofre-Mercúrio) da matéria e à conjugação
harmoniosa que o Adepto tem que cumprir na Grande Obra para alcançar o Rubedo e
o consequente sucesso.
No friso do
pórtico sul do Mosteiro dos Jerónimos podemos observar também os símbolos da corda, da
seta de cupido e do ovo filosófico (matrás alquímico).
A corda –
motivo templário – vale pela união entre Iniciados que se cumpria neste local
de iniciação que era o mosteiro;
O Ovo
representa o recipiente onde decorre a evolução da Materia Prima até ao estado
mais puro e iluminado (a Pedra Filosofal, que aqui pode ser tanto uma expressão
de Alquimia Espiritual, como de Material).
A seta de
Cupido, por fim, refere-se ao Amor, referido na Sé de Lisboa pelos vários
“pássaros que se beijam” e que liga à ideologia dos trovadores e jograis de
finais da Idade Média, verdadeiros porta-vozes da Igreja de João e do
Templarismo.
No pórtico
sul do Mosteiro dos Jerónimos encontramos também (como na Sé de Lisboa), o
Arcanjo São Miguel, guardião de Portugal e do mundo e que – pela sua espada
flamejante – alude ao Mercúrio dos Filósofos, o dissolvente que tudo mistura e
que tem um papel determinante no sucesso da Obra de Hermes.
Num medalhão
do Claustro do Mosteiro dos Jerónimos encontramos uma rosa solar aberta
(valendo pela “vida”) sobre a cruz do calvário (morte), numa clara alusão ao
Renascimento e à Regeneração que se pode alcançar pela Pedra dos Filósofos e
pela rectidão de percurso na Grande Obra.
Gravura simbolizando a Morte ou Nigredo alquimico
em uma coluna na igreja
Noutro medalhão encontramos uma flor com 3 (Três) folhas em tridente.
Noutro medalhão encontramos uma flor com 3 (Três) folhas em tridente.
Na Igreja de
Santa Maria de Belém podemos encontrar o Rectângulo de Ouro ou Secção de Ouro,
aqui colocado pelo grande arquiteto dos Jerónimos, Mestre Boitaca.
Símbolo da
expressão do Logos de João e do Fogo, elemento que anima a matéria morta e a
conduz ao desenvolvimento pleno.
A ocidente
do Claustro (Claustro significa o oculto, o fechado), Boitaca concebeu um caminho iniciático
que começa no local onde encontramos um X num medalhão.
O caminho
iniciático termina num Sol antropomorfizado no claustro Sul que vale pela ascensão do iniciado
a esse novel patamar.
Ao longo
deste caminho, dispõem-se vinte medalhões e oito quadros esculpidos, um por
cada passo de iniciação que o neófito tem que saber vencer até conseguir
alcançar o Sol, o seu objetivo final.
Estes vinte medalhões, decisivos para quem pretenda alcançar uma interpretação esotérica dos Descobrimentos, combinam motivos ornamentais alusivos à vida, paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo (Lados ocidental e oriental) e aos Descobrimentos (lados norte e sul).
Inicia-se pelo claustro Ocidental e termina-se no claustro sul.
O X é o ponto de partida, o Sol é o ponto de chegada.
Sem esta determinação, não é possível apreender o
sentido do claustro.
A partir dela, podemos afirmar que o claustro
descreve, no seu movimento de ocidente para oriente, pelo norte, até
acabar no sul, momentos e aspectos da "iniciação " da Arte Régia.
Estamos perante as Iniciações dos grandes navegadores Portugueses na sua aventura pelo mundo e por 'dentro' deles.
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