Preguiça
Procura desordenada do repouso e do prazer em nada fazer,
negligenciando o seu bem espiritual.
A preguiça é um desperdício da vida que Deus nos deu.
A preguiça quebra a ordem divina nos dez mandamentos onde Deus diz que o homem deve trabalhar seis dias e descansar somente no sétimo, à semelhança Dele quando criou o mundo.
Na tradição cristã, a preguiça é o pecado de não fazer nada de útil com o dom de Deus que é a vida.
"As mãos preguiçosas empobrecem o homem, porém as mãos diligentes lhe trazem riqueza. Aquele que faz a colheita no verão é filho sensato, mas aquele que dorme durante a ceifa é filho que causa vergonha." Provérbios 10:4-5
Salomão disse: “O desejo do preguiçoso o mata, porque suas mãos se recusam a trabalhar”.
Este parece ser o elemento que faz da preguiça um dos sete pecados capitais: o desejo, ou melhor, a falta de desejo.
O preguiçoso não faz
nada com os próprios desejos e isto torna sua vida infrutífera.
Para vencer a preguiça é preciso trabalhar, mas para trabalhar é preciso ter desejo e fazer algo útil com ele.
O preguiçoso necessita resgatar o desejo dentro de si e “mexer” com ele.
Para vencer a preguiça é preciso trabalhar, mas para trabalhar é preciso ter desejo e fazer algo útil com ele.
O preguiçoso necessita resgatar o desejo dentro de si e “mexer” com ele.
A preguiça é um vício anexo à sensualidade, porque vem,
afinal, do amor do prazer, do prazer de nada fazer, que nos leva a evitar o
esforço e o incômodo.
Há, efetivamente, em todos nós uma tendência ao menor esforço, que nos paralisa ou diminui a atividade.
Pecado que acontece quando temos tempo e saúde a nossa disposição, mas não fazemos coisas boas e úteis, apenas pelo “prazer de fazer nada”.
Há, efetivamente, em todos nós uma tendência ao menor esforço, que nos paralisa ou diminui a atividade.
Pecado que acontece quando temos tempo e saúde a nossa disposição, mas não fazemos coisas boas e úteis, apenas pelo “prazer de fazer nada”.
Não é pecado o justo descanso nem o tempo empregado no lazer e no relaxamento físico e mental, mas sim o ato de se desperdiçar sistematicamente as oportunidades que recebemos para realizar coisas boas para a nossa vida e/ou para as vidas dos nossos próximos.
Preguiça está relacionada ao desânimo, à apatia, à indolência, ao desleixo; é um desejo crônico de “descansar”, mesmo que não se esteja cansado.
Sua Natureza
A) A preguiça é uma tendência à ociosidade ou ao menos à negligência, ao torpor na ação.
É uma doença da vontade, que teme e recusa o
esforço.
O preguiçoso quer evitar qualquer trabalho, tudo quanto lhe pode perturbar o sossego e arrastar consigo fadigas. Verdadeiro parasita, vive, quanto pode, a expensas dos outros.
Manso e resignado, enquanto o não inquietam, impacienta-se e irrita-se, se o querem tirar da sua inércia.
B) Há graus diversos na preguiça.
a) O desleixado ou indolente não se move para cumprir o seu dever senão com lentidão, moleza e indiferença; tudo o que faz, fica sempre mal feito.
b) O ocioso não recusa absolutamente o trabalho, mas anda sempre atrasado, vagueia por toda a parte sem fazer nada, adia indefinidamente a tarefa de que se encarregará.
c) O verdadeiro preguiçoso, esse não quer fazer nada que fatigue, e mostra aversão pronunciada para qualquer trabalho sério do corpo ou do espírito.
d) A preguiça nos exercícios espirituais chama-se Acídia : é um certo fastio das coisas espirituais que leva a fazê-las desleixadamente, a encurtá-las, e até às vezes a omiti-las por vãos pretextos.
O preguiçoso quer evitar qualquer trabalho, tudo quanto lhe pode perturbar o sossego e arrastar consigo fadigas. Verdadeiro parasita, vive, quanto pode, a expensas dos outros.
Manso e resignado, enquanto o não inquietam, impacienta-se e irrita-se, se o querem tirar da sua inércia.
B) Há graus diversos na preguiça.
a) O desleixado ou indolente não se move para cumprir o seu dever senão com lentidão, moleza e indiferença; tudo o que faz, fica sempre mal feito.
b) O ocioso não recusa absolutamente o trabalho, mas anda sempre atrasado, vagueia por toda a parte sem fazer nada, adia indefinidamente a tarefa de que se encarregará.
c) O verdadeiro preguiçoso, esse não quer fazer nada que fatigue, e mostra aversão pronunciada para qualquer trabalho sério do corpo ou do espírito.
d) A preguiça nos exercícios espirituais chama-se Acídia : é um certo fastio das coisas espirituais que leva a fazê-las desleixadamente, a encurtá-las, e até às vezes a omiti-las por vãos pretextos.
A palavra vem de 'ácido' e significa aquelas pessoas que são 'ácidas', que dizem mal de tudo, os Velhos do Restelo, que acham que nada vale a pena, que tudo vai dar ao mesmo, que é tudo a mesma coisa... Não passa de uma forma mais ou menos sofisticada de Preguiça.
No fundo o que eles querem é não estar com o trabalho.
Não querem que os outros façam, para que eles não tenham que fazer também.
A alma cansa-se dos exercicios espirituais, quando neles não encontra gosto ou prazer sensiveis e tende a encurtá-los ou suprimi-los.
A alma deixa-se levar pelo desânimo, quando lhe pedem novas práticas que a retiram da rotina e lhe exigem mais esforço.
Quereria manter uma espiritualidade mais acomodativa, que não viesse perturbar-lhe a tranquilidade da rotina e tirá-la do comodismo.
Malícia
A) Para compreendermos a malícia da preguiça, cumpre-nos
recordar que o homem foi feito para o trabalho.
Quando Deus criou o nosso primeiro
pai, pô-lo num paraíso de delícias, para que nele trabalhasse.
É que, efetivamente, o homem não é como Deus, um ser perfeito; tem numerosas faculdades que, para se aperfeiçoarem, necessitam de operar: é pois, uma exigência da sua natureza trabalhar para cultivar as potências, prover às necessidades do corpo e alma, e tender assim para o seu fim.
A lei do trabalho precede, pois, a culpa original.
Mas, depois que o homem pecou, tornou-se para ele o trabalho não somente uma lei da natureza, senão também um castigo, isto é, tornou-se penoso, como meio que é de reparar a sua falta.
Com o suor do rosto havemos de comer o nosso pão, tanto o pão da inteligência como o pão que nos alimenta o corpo.
A preguiça viola o propósito de Deus - as boas obras. ‘’Assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta’’
É que, efetivamente, o homem não é como Deus, um ser perfeito; tem numerosas faculdades que, para se aperfeiçoarem, necessitam de operar: é pois, uma exigência da sua natureza trabalhar para cultivar as potências, prover às necessidades do corpo e alma, e tender assim para o seu fim.
A lei do trabalho precede, pois, a culpa original.
Mas, depois que o homem pecou, tornou-se para ele o trabalho não somente uma lei da natureza, senão também um castigo, isto é, tornou-se penoso, como meio que é de reparar a sua falta.
Com o suor do rosto havemos de comer o nosso pão, tanto o pão da inteligência como o pão que nos alimenta o corpo.
A preguiça viola o propósito de Deus - as boas obras. ‘’Assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta’’
Ora, a esta dupla lei, natural e positiva, é que o
preguiçoso falta; comete, pois, um pecado, cuja gravidade se mede pela
gravidade dos deveres que descura.
a) Quando chega a omitir os deveres religiosos necessários à própria salvação, há falta grave.
O mesmo se diga, quando despreza voluntariamente, em matéria importante, algum dos seus deveres de estado.
b) Quando este torpor o não leva a descurar senão deveres religiosos ou civis, de menor importância, não passa de venial o pecado.
Mas a ladeira é resvaladia; se não
se luta contra a negligência, não tarda esta em se agravar, tornando-se mais
funesta e culpável.
B) Quanto à perfeição, é a preguiça espiritual um dos obstáculos mais sérios, por causa dos seus funestos resultados.
a) Torna a vida mais ou menos estéril.
É exatamente o que se encontra na alma do
preguiçoso: em lugar das virtudes, por inacção, são os vícios que lá crescem, e
os muros, que a mortificação tinha elevado para proteger a virtude, caem pouco
e pouco, preparando o caminho à invasão do inimigo, isto é, do pecado.
b) Dentro em breve, efetivamente, se tornam mais veemente e importunas as tentações: a ociosidade é péssima para o crescimento espiritual do homem, na verdade, o espírito e o coração do homem não podem estar inativos: se não se absorvem no estudo ou em qualquer outro trabalho, são logo invadidos por um sem-número de imagens, pensamentos desejos e afetos; serão, pois, pensamentos sensuais, ambiciosos, orgulhosos, egoístas, interesseiros, que tomarão o predomínio em nossa alma, expondo-a ao pecado.
b) Dentro em breve, efetivamente, se tornam mais veemente e importunas as tentações: a ociosidade é péssima para o crescimento espiritual do homem, na verdade, o espírito e o coração do homem não podem estar inativos: se não se absorvem no estudo ou em qualquer outro trabalho, são logo invadidos por um sem-número de imagens, pensamentos desejos e afetos; serão, pois, pensamentos sensuais, ambiciosos, orgulhosos, egoístas, interesseiros, que tomarão o predomínio em nossa alma, expondo-a ao pecado.
C) Não é, pois, somente a perfeição da nossa alma que está aqui em jogo, mas até a sua eterna salvação.
Porque, além das faltas positivas em que nos faz cair a ociosidade, só o fato de não cumprirmos os nossos deveres importantes é causa suficiente de reprovação.
Fomos criados para servir a Deus e cumprir os nossos deveres de estado, somos operários enviados por Deus para trabalhar na Sua vinha.
Ora o Senhor não exige somente aos obreiros que se abstenham de fazer mal; quer que trabalhem.
Por conseguinte, se, sem cometermos atos positivos contra as leis divinas, cruzamos os braços, em vez de trabalharmos, não nos há de o Senhor recriminar, como aos obreiros, a nossa ociosidade.
A árvore estéril, só pelo fato de não produzir fruto, merece ser cortada e lançada ao fogo.
Gera:
a) Falta de coragem em relação aos meios de perfeição, que parecem muito penosos.
b) Os mandamentos comuns a todos são uma fonte de tristeza e são negligenciados.
c) Ressentimento contra aqueles que nos querem conduzir a caminhos mais perfeitos e desprezo pelos próprios bens espirituais.
d) Desvio para as coisas interditas - Procura de outros bens interditos, para preencher o vazio afetivo.
Na Divina Comédia de Dante o 4º patamar do Purgatório é a Preguiça (Acidia) onde os Preguiçosos são obrigados a correr sem parar, uma atividade incessante, o oposto do que fizeram em vida.
Remédios
A) Para curar o preguiçoso, é necessário antes de tudo inculcar-lhe convicções profundas sobre a necessidade do trabalho, fazer-lhe compreender que ricos e pobres estão sujeitos a esta lei e que basta faltar a ela para incorrer na eterna condenação.
E esta a lição que nos dá Nosso Senhor Jesus Cristo na parábola da figueira estéril. ‘’Três anos a fio vem o dono buscar os frutos; não os encontramos, dá ordem ao pomareiro que corte a árvore’’.
E ninguém diga: eu sou rico, não tenho necessidade de trabalhar.
Se não precisais de trabalhar para vós mesmos, deveis fazê-lo para os outros.
É Deus, vosso Senhor, que vo-lo manda: se vos deu braços, cérebro, inteligência, recursos, foi para que os utilizásseis para Sua glória e para bem de vossos irmãos.
E certo que não são as obras de caridade ou zelo que faltam: quantos pobres para socorrer, quantos ignorantes para instruir, quantos corações aflitos para consolar, quantas empresas para fundar, a fim de dar trabalho e pão aos que o não têm!
A preguiça danifica o bem geral, como o particular.
B) Às convicções cumpre juntar o esforço consequente e metódico, aplicando as regras traçadas acerca da educação da vontade.
E, como o
preguiçoso recua instintivamente perante o esforço, importa mostrar-lhe que não
há, afinal, ninguém mais infeliz que o ocioso: não sabendo como empregar ou,
segundo a sua expressão, ‘’matar o tempo’’ enfada-se, desgosta-se de tudo, e
acaba por ter horror à vida.
Não vale mais fazer um esforço para se tornar útil e conquistar um pouco de felicidade, ocupando-se em fazer felizes à volta de si mesmo?
Entre os preguiçosos, há alguns que desenvolvem uma certa atividade mas unicamente em jogos, desportos, reuniões mundanas.
Não vale mais fazer um esforço para se tornar útil e conquistar um pouco de felicidade, ocupando-se em fazer felizes à volta de si mesmo?
Entre os preguiçosos, há alguns que desenvolvem uma certa atividade mas unicamente em jogos, desportos, reuniões mundanas.
A estes, necessário lembrar-lhes a
seriedade da vida e o dever de se tornarem úteis para que dirijam a atividade
para um campo mais nobre e tenham horror de ser parasitas.
Mas o que nunca se deve cessar de lhes recordar é o fim da vida: estamos aqui, na terra, não para vivermos como parasitas, senão para conquistarmos, pelo trabalho e pela virtude, um lugar no céu.
Mas o que nunca se deve cessar de lhes recordar é o fim da vida: estamos aqui, na terra, não para vivermos como parasitas, senão para conquistarmos, pelo trabalho e pela virtude, um lugar no céu.
Muito bom!
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