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sábado, 12 de março de 2022

A besta e a Compaixão

                             


As guerras, as injustiças, a besta e a Compaixão

Para perdoar o ser humano tem de primeiro de se Entender a si mesmo e ao seu Espirito Eterno mas igualmente Entender o mundo onde agora está apenas de Passagem.

Esse é o Caminho da Cruz, da Iniciação, da Iluminação ou outro nome que se queira dar.

Um Sábio dizia que ‘o objectivo da educação  é preparar os jovens para a experiência da traição que encontrarão nas suas vidas’ .

Mas quem o faz nos tempos de hoje ?  Poucos, daí os traumas e a falta de Equilibrio e logo da capacidade de ‘’Entender’’ e assim perdoar.

No primeiro instante em que vemos o mal da injustiça- violencia ser deliberadamente orientado para nós, sentimo-nos chocados e tristes.

 “Zangados e tristes”, como ficou Caim quando se sentiu mal tratado por Deus.

Deus disse-lhe para esperar e processar esses sentimentos.

De outro modo, a besta da violência (os nossos demónios interiorres) emergiriam das sombras e tomariam conta dele.   Assim acontece com cada ser humano , pois a besta é visceral e está profundamente  impregnada na psique do ser humano.

Ficamos zangados, em primeiro lugar, porque qualquer acto de injustiça é um ataque ao equilíbrio delicado do universo.

A nossa tendência em sermos dominados pela besta reside profundamente na nossa memória celular, desde ainda antes da formação da nossa personalidade.

Temos de a conhecer antes ( ‘’Conhece-te a ti próprio e conhecerás Deus’’ ) para podermos  estar preparados para ela.

Assim como acontece com muitos vírus,  ela está adormecida nos seres humanos e não pode ser erradicada.

Conhecer a ‘nossa besta’ permite-nos,  não aceitar as guerras e injustiças do mundo como ‘normais’, mas a ter o Equilibrio-Discernimento para ‘converter ’ esse ‘mal - esse desiquilibrio do mundo imperfeito’  em algo de ‘’Entendível’’ no plano da Eternidade e aí começar o processo do perdão-da compaixão que nos liberta para a Liberdade da Luz e da prisão das trevas da besta do mundo.   

Do mesmo modo, na vida quotidiana, quando alguém nos atraiçoa ou trai a nossa confiança temos de nos lembrar das coisas boas que fez no passado. Estamos, então, a lidar com um ser humano frágil e não confiável e não com uma figura satânica de um jogo de vídeo qualquer que podemos fazer explodir no ecrã.

A guerra espalha injustiça como uma pandemia no seu auge. Somos todos poluídos por ela.

Quando o equilíbrio do universo foi perturbado com um acto de injustiça, essa injustiça obscurece a nossa visão moral. 

Mas o processo do perdão acima descrito liberta Discernimento, Sabedoria e Compaixão, os quais só eles podem restaurar a clareza da Caridade.

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