Desconheci até agora
que uma coisa tão Grande (Deus) residisse numa tão pequena
(a minha alma).
Se
mais cedo tivesse
conhecimento deste ilustre hóspede, mais cedo teria mudado a
minha atitude
perante o apego às coisas do mundo.
Tenho
por impossível,
que se tivéssemos sempre consciência da Presença em nós desse
hóspede, nos
déssemos tanto às coisas do mundo, pois logo
perceberiamos como são baixas em
relação às que dentro temos.
Se
tivesse mais cedo
conhecido a Presença desse Rei em mim, não o teria deixado
tantas vezes sózinho
e teria ficado mais com Ele, mas....procuraria
estar menos suja.
Que coisa assombrosa,
quem os mundos e as criaturas Criou, encerrar-se em coisa
tão pequenina.
Há que
sermos dignos
dessa Maravilha da Criação.
O
Criador, ao
encerrar-se em nós, adapta-se
à nossa medida, suprema Bondade e
Amor.
Ao
principio da nossa
consciência dessa Presença, Ele não se manifesta muito para que a alma não se
assuste por se ver com tão grande Grandeza.
A
pouco e pouco, na
alma mais 'acostumada', Ele vai-a ' alargando' para se dar
mais a conhecer e
para ir nela colocando o Melhor para ela e tornando
grande este palácio (a
nossa alma) para Ele nele habitar com a Sua Grandeza.
Basta
nós Lhe
entregarmos as chaves deste palácio, a
nossa alma, e o esvaziemos
de todas as
coisas que lá não pertencem, para que Ele possa tirar e pôr como em casa
própria para o Melhor para nós e para toda a Criação.
Teresa de Avila
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