Ser racional é não ser Amante veridico.
Havia um amante cujo amado era de uma beleza estonteante, diante
dele o sol, de admiração,escondia a sua luz.
Por muito tempo, o amante ficou na expectativa, a alma na
boca, o coração em sangue.
Finalmente o amado prometeu-lhe a união.
‘Esta noite, disse ele, será a tua audiencia’.
Quando o amante estava á porta do seu desejo, um dilema o
fez parar.
Se bato á porta, o amado pergunta-me ‘Quem é’ ?
Se eu digo: ‘Eu’, o amado me dirá : ‘Se és Tu, contenta-te contigo
mesmo, se és amante, sê-o deTi mesmo.
Se eu digo: ‘Tu’, o amado me dirá : ‘ Então vai-te!
Entre estas duas escolhas, qual escolher?
Assim,dia e noite, á porta do amado, ficou abismado nas suas
reflexões.
Esta história foi contada a um sábio de puro coração que
disse:
Eis um ser racional, não um Amante verdadeiro!
Tal como os homens racionais, de cem maneiras ele fazia
perguntas e pedia respostas.
Se o seu Amor fosse verdadeiro e puro, ele teria quebrado a
porta e entrado !
Quem reflecte sem escutar o coração, tem a colheita perdida.
Os Amantes não reflectem, essa é a profissão dos homens
prudentes!
A alma ardente do Amante aspira ao fogo, o dia do Julgamento
é noite comparado com o dia do Amor.
Ver o Amado, depois, perdido, morrer, tal é o Amor verdadeiro!
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