O besouro apanha dejectos e estrume e vai fazendo a sua bola.
A bola vai aumentando à medida que acumula, na sua sofreguidão, mais dejectos.
Vai a bola crescendo e ele a empurrando para o seu buraco.
Ao chegar ao buraco, afinal a bola é muito maior que o buraco e não cabe lá.
Mas como a sua casa é esse buraco, ele larga a bola de estrume e entra sózinho no buraco deixando na poeira da terra tudo aquilo que tinha recolhido com tanto esforço no caminho.
Assim és tu, criatura, que te agarras e acumulas coisas do mundo (em vez de simplesmemte as usares).
Chegada a tua hora, morres e vais nu, tudo a que te agarraste e acumulastes fica deste lado.
Para quê tanta correria, tanto esforço afinal ?
Faz lembrar aquela história de um ignorante que corria afogueado para chegar a tempo a um funeral.
Um louco de Deus, vendo-o assim correr angustiado, disse : Corre,corre que o morto está a arrefecer!!!
Assim és tu, te agarras ás coisas, pensando que estão 'quentes', que são Algo a possuir, quando afinal elas são e sempre foram 'frias', para serem usadas, sem significado de posse.
Sabedoria Persa
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