A Parábola da Conferência dos Pássaros-Parte 1
Da vida de Attar sabe-se que era farmacêutico de ofício, que viveu no Khorasan na última parte do século XII e em boa parte do século XIII, e que escreveu muito. A Conferência dos Pássaros é a sua obra mais famosa.
A visão que deu origem a este tipo de literatura — em que o mundo é apenas a sombra de sua divina causa é segundo as palavras de Attar:
Se o Simurgh não tivesse desejado manifestar-se, não teria projetado a sua sombra; se tivesse desejado permanecer escondido, sua sombra não teria aparecido no mundo.
Na mistica cristã seria ‘ Deus Uno não podia manifestar-se per si pois a Coisa simples disso é incapaz daí Deus ter criado a dualidade=sombra para assim se manifestar e a tarefa de regresso a Casa é ‘equilibrar‘ essa dualidade , fazer com que os 2 ‘braços‘ do Pai não se combatam mas se unam.
A Conferência dos Pássaros é a história da busca do Simurgh, o Rei dos pássaros, sob a liderança da Poupa que trazia no peito o ornamento que simbolizava o ingresso no caminho do conhecimento espiritual e a crista na cabeça era como a coroa da verdade e que ela possuía o conhecimento do bem e do mal.
Todos os pássaros do mundo se reuniram e lhe prestaram atenção enquanto falava:
Não imagineis que o percurso seja curto; e cumpre ter um coração de leão para percorrer essa estrada insólita, pois é muito longa e o mar é fundo... O homem não precisa proteger sua alma do amado, mas precisa estar preparado para levá-la à corte do rei.
O Caminho deles passava por sete vales:
Vale da Busca, o Vale do Amor, o Vale da Compreensão, o Vale do Alheamento, o Vale da Unidade, o Val da Perplexidade e, finalmente, o Vale da Morte.
Muitos pássaros presentes principiaram a escusar-se; finalmente, os mais resolutos aceitaram e pediram à Poupa para abrir a Conferencia.
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