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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

“Quem sou eu?”


Somos como Nasrudin, numa história sufi, que foi a um banco para levantar um cheque.

Quando lhe pediram que se identificasse, pegou num espelho, olhou para ele e disse: “Sim, sou mesmo eu.”



“Quem sou eu?” é uma pergunta com que somos confrontados em diferentes momentos da nossa vida, especialmente quando a vida muda de súbito para nós dramaticamente.

Isso é particularmente pungente quando o nosso sentido de identidade esteve dependente dum só aspecto que era importante na nossa forma de definir quem somos e que valor temos.

Assim, quando deixamos de ser precisos, quando nos reformamos ou quando os filhos saem de casa, isso pode ter um efeito devastador.

Perder aquilo que considerávamos ser o nosso papel na vida faz-nos sentir como se tivéssemos removido uma máscara e nada real existisse por baixo.

Portanto, as mudanças abruptas podem causar-nos desorientação e depressão.

Esquecemos quem verdadeiramente somos no fundo.

Quem pensamos que somos? Não sabemos realmente quem somos.

Baseámos a nossa identidade apenas em factores superficiais e exteriores.


Se as marcas da vida , da sociedade, com que fomos influenciados foram positivas, temos autoconfiança e coragem para enfrentar os desafios da vida.

Mas se foram negativas, porque outros nos disseram que éramos um fracasso, que éramos fracos, não éramos suficientemente bons, se nos sentimos vítimas do comportamento de outros, então não temos fé nas nossas próprias capacidades, por muito que futuros empreendimentos nos mostrem o contrário.

De facto, as falsas imagens podem ser muito destrutivas.

Além disso, a projecção exterior de falsas imagens e da energia a elas associadas irá atrair acontecimentos e pessoas que confirmam esta opinião defeituosa que temos de nós mesmos – uma profecia que se faz cumprir a ela própria.

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