Quando lhe pediram que se identificasse, pegou num espelho, olhou para ele e disse: “Sim, sou mesmo eu.”
“Quem sou eu?” é uma pergunta com que somos confrontados em diferentes momentos da nossa vida, especialmente quando a vida muda de súbito para nós dramaticamente.
Isso é particularmente pungente quando o nosso sentido de
identidade esteve dependente dum só aspecto que era importante
na nossa forma de definir quem somos e que valor temos.
Assim,
quando deixamos de ser precisos, quando nos reformamos ou quando
os filhos saem de casa, isso pode ter um efeito devastador.
Perder aquilo que considerávamos ser o nosso
papel na vida faz-nos sentir como se tivéssemos removido uma
máscara e nada real existisse por baixo.
Portanto,
as mudanças abruptas podem
causar-nos desorientação e depressão.
Esquecemos
quem verdadeiramente somos no fundo.
Quem
pensamos que somos? Não sabemos
realmente quem somos.
Baseámos
a nossa identidade apenas em factores superficiais e exteriores.
Se
as marcas da vida , da sociedade, com que fomos influenciados
foram positivas, temos autoconfiança e coragem para enfrentar os
desafios da vida.
Mas
se foram negativas, porque outros nos disseram que
éramos um fracasso, que éramos fracos, não éramos
suficientemente bons, se nos sentimos vítimas do comportamento
de outros, então não temos
fé nas nossas próprias capacidades, por muito que
futuros empreendimentos nos mostrem o contrário.
De
facto, as falsas imagens podem ser muito destrutivas.
Além disso, a projecção exterior de falsas imagens e da energia a elas associadas irá atrair acontecimentos e pessoas que confirmam esta opinião defeituosa que temos de nós mesmos – uma profecia que se faz cumprir a ela própria.
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