- Mestre, - perguntou um deles, certo dia,
tu contas-nos contos mas nunca nos explicas o que significam.
- As minhas desculpas. - disse o Mestre -
Como compensação, deixa-me que te ofereça um belo pêssego.
- Obrigado, Mestre - disse o discípulo,
comovido.
- Mais ainda: como prova do meu afecto,
queria descascar-te o pêssego.
Permites que o faça?
Sim, muito obrigado. - disse o discípulo.
- E, já que tenho a faca na mão, não
gostarias que eu cortasse o pêssego em pedaços, para que te seja
mais fácil comê-lo?
- Sim, mas não quero abusar da tua
generosidade, Mestre...
- Não é um abuso; sou eu que me estou a
oferecer. Quero apenas agradar-te. Permite-me também que
mastigue o pêssego antes de to oferecer...
- Não, Mestre! Não gostaria que fizesses
isso! - queixou-se o discípulo, surpreendido.
- O Mestre fez então uma pausa e disse:
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