O homem 'básico' e o homem Cristico
As 3 necessidades fundamentais do homem 'básico'
1) Tem de viver,
ou seja, subsistir.
Tem de ter
afastados perigos de morte e insegurança para a sua vida.
Quando
isso é alcançado, fica centrado,
equlibrado e pode partir para 'outra' .
Mas a vida
tem sempre surpresas inesperadas, uma doença súbita, uma morte de alguém próximo
de que não se estava à espera, dificuldades económicas sem estarmos à espera,
isso torna o viver muito dependente de factores que o homem por mais que queira
não consegue controlar, tem sempre os pés em areia movediça .
O direito de viver não é pois um direito absoluto, é
sempre condicionado.
2) A vida tem de ter um sentido.
2) A vida tem de ter um sentido.
A vida
familiar e profissional tem de estar harmoniosa, ordenada, justa.
Se isso
acontece , sente-se equilibrado, quando não acontece começa a estar vazio e a
vida torna-se aborrecida, absurda podendo levar ao desespero.
3) Tem de estar inserido numa comunidade
3) Tem de estar inserido numa comunidade
Isso
protege-o e dá-lhe afecto.
Mesmo com estas 3 necessidades satisfeitas será que o
homem se encontrou consigo mesmo, que está Centrado ou apenas 'confortável' na
vida ?
Será que esse centro é o Seu Centro?
Será que esse centro é o Seu Centro?
O que pode ocorrer para o homem perceber que o Seu centro
é afinal outro?
Morte iminente, revoluções da vida, enfrentar o absurdo e
o abandono.
Como se transformam as necessidades acima para quem está
verdadeiramente no Seu Centro?
1) Perante a vida aceita o seu permanente condicionamento e fica enraizado no seu Centro incondicionado e percebe que quando lhe ocorrem flutuações de sentimentos isso deve-se a ter-se 'descentrado'. Enraizado não é estar fixo, estável mas sempre a 'flutuar' em marcha dinâmica para poder estar sempre 'desperto' para 'regressar' quando percebe que 'saiu'. Fica sempre em contacto com 'algo' que não se deixa agarrar como 'se o tivessemos sem o ter'.
2) O sentido da vida passa a tê-lo ao estar no Seu centro, aí o Espirito da Grande vida circula sem entraves sempre com a sua 'naturalidade' própria que o homem Centrado acolhe e aceita.
3) Deixa de precisar de estar inserido numa comunidade ou grupo para se sentir seguro, pois a sua comunidade é estar Consigo e Centrado, mesmo participando em comunidades por dever social ele 'está lá' mas sem disso precisar para estar bem Consigo mesmo.
1) Perante a vida aceita o seu permanente condicionamento e fica enraizado no seu Centro incondicionado e percebe que quando lhe ocorrem flutuações de sentimentos isso deve-se a ter-se 'descentrado'. Enraizado não é estar fixo, estável mas sempre a 'flutuar' em marcha dinâmica para poder estar sempre 'desperto' para 'regressar' quando percebe que 'saiu'. Fica sempre em contacto com 'algo' que não se deixa agarrar como 'se o tivessemos sem o ter'.
2) O sentido da vida passa a tê-lo ao estar no Seu centro, aí o Espirito da Grande vida circula sem entraves sempre com a sua 'naturalidade' própria que o homem Centrado acolhe e aceita.
3) Deixa de precisar de estar inserido numa comunidade ou grupo para se sentir seguro, pois a sua comunidade é estar Consigo e Centrado, mesmo participando em comunidades por dever social ele 'está lá' mas sem disso precisar para estar bem Consigo mesmo.
Quem está Centrado pode abandonar o mundo?
Quem 'saboreou' o Centro, pode ser tentado a se afastar do mundo para ficar 'sózinho ' e 'perder-se' no seu ' novo mundo', deixando para trás as lutas continuas dos opostos.
Quem 'saboreou' o Centro, pode ser tentado a se afastar do mundo para ficar 'sózinho ' e 'perder-se' no seu ' novo mundo', deixando para trás as lutas continuas dos opostos.
Errado, quem não permanece alerta nesta 'tarefa' , neste
exercicio constante de manter unidos os opostos, tarefa pela vida fora 'no
mundo' , pois é no mundo que vivemos, não consegue se 'manter' Centrado, por
isso quem pensar que se afastando do mundo se afasta os perigos de ficar
'descentrado', está muito enganado.
O homem Cristico
Os 3 centros no homem e sua localização no seu corpo.
As forças cósmicas, as raizes do homem ( para baixo, para a terra) estão em seu abdomen.
As forças cósmicas, as raizes do homem ( para baixo, para a terra) estão em seu abdomen.
Na cabeça localiza-se a sua aspiração espiritual ( para
cima, para o céu).
A meio no coração se unem as duas forças.
Quem se centra apenas no centro cósmico, terrestre (
pulsões e impulsos de sobrevivência e de reprodução, contigências da vida,
velhice e morte) ao se sentir em perigo
tende a crispar-se e subir para o centro na cabeça ('sobe-lhe o medo à
cabeça').
Quem se centra no centro espiritual na cabeça e perde o
contacto com o centro terrestre tende a 'viver na lua', está já a 'viver no
céu' antes de tempo, desrespeitando a sua natureza humana e pondo a sua própria
sobrevivência em perigo.
O equilibrio e o verdadeiro centro está no homem que vai
de baixo a cima e de cima a baixo e se encontra a meio numa dinâmica de
movimento continua e permanente enquanto vive.
Numa integração da terra e do céu, no coração, não o orgão fisico (e dos sentimentos) mas a zona de equilibrio (o Grande coração de Cristo) onde se cruza o vertical da ascênção ao centro celeste e intemporal e o horizontal da descida ao centro terrestre e temporal.
Não que o homem fique estático nessa zona de convergência baixo-alto, mas sim que oscile em continuo entre as duas à medida que seja pela Energia da vida solicitado.
No Grande coração se centra também uma tensão devido a este permanente oscilar de alto e baixo, tensão criada pelo combate da dualidade terra-céu, tensão que o homem Novo aceita e integra.
Numa integração da terra e do céu, no coração, não o orgão fisico (e dos sentimentos) mas a zona de equilibrio (o Grande coração de Cristo) onde se cruza o vertical da ascênção ao centro celeste e intemporal e o horizontal da descida ao centro terrestre e temporal.
Não que o homem fique estático nessa zona de convergência baixo-alto, mas sim que oscile em continuo entre as duas à medida que seja pela Energia da vida solicitado.
No Grande coração se centra também uma tensão devido a este permanente oscilar de alto e baixo, tensão criada pelo combate da dualidade terra-céu, tensão que o homem Novo aceita e integra.
Como nasce o homem Cristico?
É neste movimento e tensão perpétuos que nasce o homem
Cristico.
Aspirando ao céu, à vertical mas 'obrigado' por ser
humano a cair à terra, à horizontal.
Fiel não a um ponto fixo, imutável mas à sua Cruz de vida, cruz que une o vertical do céu ao horizontal da terra, assim é o Novo homem no seu Centro verdadeiro a viver a sua Cruz.
Que pela sua própria contingência terrestre (aceitando o seu destino neste mundo contingente) percebe o Absoluto celeste (a sua transcendência espiritual incontingente) .
Percebe não pela sua fé mas porque 'algo' sobre ele 'pousou' , a Graça que permite nesse momento ser Um com Cristo.
Cristo que o chama continuamente para o seu Centro, a percorrer continuamente em vida o seu caminho da Cruz, a ir da terra ao céu e vice versa, e não a ficar apenas num deles.
A quem consegue viver (não sem a dor a isso inerente) nessa Cruz dinâmica, no ponto doloroso da intersecção do céu e da terra na cruz, Cristo surge não como um principio simbólico mas como um Tu, um Ser que vive em nós, um Deus pessoal por assim dizer com quem começamos a comunicar e a estar cada vez em sincronia, em união, a união daquele que olha com aquele que O vê.
Fiel não a um ponto fixo, imutável mas à sua Cruz de vida, cruz que une o vertical do céu ao horizontal da terra, assim é o Novo homem no seu Centro verdadeiro a viver a sua Cruz.
Que pela sua própria contingência terrestre (aceitando o seu destino neste mundo contingente) percebe o Absoluto celeste (a sua transcendência espiritual incontingente) .
Percebe não pela sua fé mas porque 'algo' sobre ele 'pousou' , a Graça que permite nesse momento ser Um com Cristo.
Cristo que o chama continuamente para o seu Centro, a percorrer continuamente em vida o seu caminho da Cruz, a ir da terra ao céu e vice versa, e não a ficar apenas num deles.
A quem consegue viver (não sem a dor a isso inerente) nessa Cruz dinâmica, no ponto doloroso da intersecção do céu e da terra na cruz, Cristo surge não como um principio simbólico mas como um Tu, um Ser que vive em nós, um Deus pessoal por assim dizer com quem começamos a comunicar e a estar cada vez em sincronia, em união, a união daquele que olha com aquele que O vê.
Tal como Cristo o homem tem duas naturezas, a humana e a divina e pode escolher entre elas pela sua vontade e livre arbitrio.
O exemplo e a lição de Cristo é ter feito a escolha 'certa', ter escolhido o Pai, a sua verdadeira semente (sendo forte no mundo mas livre do mundo) e não o mundo dos homens onde imaginamos ser fortes e estar seguros e nos esquecemos que de tão agarrados a esse mundo perdemos toda a nossa liberdade e somos dele escravos.
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