Eu
sou a águia.
A
mim pertencem a mais elevada estação, a beleza e a luz brilhante mais
resplandescente.
Carrego
tudo de acordo com sua classe determinada nas fronteiras deste mundo, mas meu
poder é mais inacessível.
Sou
a efusão sublime Dele, a luz de Sua existência.
Sou
aquele que chama a existência e ela obedece.
Sou
aquele que nunca cessa de ser o “servo” de meu criador,
O
instrumento de Sua generosidade.
As
realidades apressam-se em minha direção para buscar sua suficiência.
Eu
dou e retiro de quem quer que eu deseje.
Se
me aproximo, a beleza do ser Dele me aturde.
Se
me afasto, Seu esplendor me chama.
A
aproximação confere sobre mim uma sabedoria amável, mas
rasga meu coração.
A
distância confere um comando partilhado cuja luz ilumina Suas fronteiras.
Quando
estou distante sou o comandante.
Minha
miséria está em meu comando e minha felicidade é quando ele é removido.
Estava
ainda não-existente como uma entidade em um dos níveis da criação quando a
solicitude divina surgiu e deu inicio à minha existência.
Tendo se manisfestado
para si mesma, a minha existência foi prolongada com a minha contemplação.
Recebi a
classificação suprema através da forma e a parte mais secreta do meu ser
tornou-se o Seu Trono.
O nome divino todo-abrangente sentou-se sobre mim.
Seus
dois vizires, Aquele que dá e Aquele que toma e seu dois camareiros, Aquele que
confere o mal e Aquele que confere o bem, montaram em seus dois estribos.
Após
se ter sentado e aparecido e os nomes “poderoso” e “sublime” terem me sido dados, a corte ficou completa.
A subsistência e a aniquilação apareceram, efusão
e profusão se seguiram em curso alternado e a expansão e a contração
foram firmemente estabelecidas.
Através do reino o rei foi confirmado, através
da mensagem o anjo tornou-se manifesto e através das estrelas a esfera foi
posta em movimento.
Sou
o conhecimento da criação oculto no manto da inviolabilidade divina.
Um bando
de filósofos inventou mentiras a meu respeito e um bando de nobres tentou
capturar-me.
Eles armaram a rede de caçar aves a partir dos seus pensamentos para
me capturarem e usaram contra mim os próprios meios que eu mesmo lhes tinha fornecido para se aproveitarem do meu trabalho.
E quando as aspirações espirituais
deles foram suficientes para me enredar em sua rede ilusória de
pensamentos, eles capturaram nela uma águia com a minha forma mas no país da ilusão.
Eles disseram: “Esta é a clara verdade!”
Mal sabiam que a verdade não estava
clara para eles e nunca estará.
O conhecimento de mim e de minha existência
depende do que é oferecido como presente ou recompensado por mérito.
Satã
incitou-os a duvidar e eles imaginaram que tinham aterrado no cume quando na
verdade aterraram no vale em baixo.
Eles confundiram anterioridade com eternidade, declarando-me eterno e que minha existência não
ia de encontro com a não-existência.
Abandonei-os em sua confusão “assim como
carne na tábua do talhante".
” Aqueles que cometem uma injustiça ao comando
divino devem ser oprimidos!
Estou livre do que eles me atribuem, e não
acredito aonde me colocam.
Pois Deus, seja Sua glória magnificada, era de toda a
eternidade enquanto eu estava sob o decreto da não-existência.
Então Ele
trouxe-me à existência da não-existência através de uma precedência pré-eterna
e minha essência tornou-se manifesta.
Ele iluminou minha existência com seu
conhecimento e proveu-me de pobreza e fraqueza, afastando-me do poder e da
glória.
Sou um humilde que não tem glória e o poderoso que não cessa de ser
fraco.
Grato pelo convite Chritiano .Gostei de aqui vir .É bonito , sossegado , interiôr , e a M´sitica Sufi é muito Bela e Profunda .
ResponderEliminarApênas uma sugestão , e espero que não me leve a mal por isso ... Porque não traduzir para Português ?
Um Abraço Lusitâno
Grato amigo Rogério , tem toda a razão sobre o Portugues ......vou tratar disso, obrigado, abraço.
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