-- De onde vens e para onde vais ?
-- Venho de Deus na escuridão e para Deus vou na Luz.

terça-feira, 9 de abril de 2013

A Via da Perfeição-Parte 2





           A VIA DA PERFEIÇÃO

Devemos descobrir que Deus está dentro de nós e por todo o lado na natureza e saber reconhecê-lo em tudo onde está.

Quem atinge a Perfeição, é como uma gota de água a chegar ao oceano mas com a sua individualidade e conhecimento próprios, está feliz no mar porque sabe que ele existe, não o ignora e sabe (por ter aprendido em vida) que dele depende e só ele lhe pode dar a ‘felicidade’ que por ilusão e erro (por ignorância inicial) pensou encontrar nalgum ‘rio secundário’ .

Deus deu-nos a graça de nos criar puros mas compete a nós de nos tornarmos Perfeitos, Deus dá-nos as suas bençãos gradualmente mas nós devemos fazer esforço para as adquirir.

Sem esforço e sem lutar por objectivos não nos podemos tornar Perfeitos.

Se recebêssemos a Perfeição sem esforço, nem sequer tinhamos dela consciência, só quem combate sabe o que é a vitória e para esse combate e autoconhecimento nos é dada a vida terrena.

Não se pode ser Perfeito ao lado de Deus, se se desconhece a infelicidade, a tristeza, o ‘sabor’ de estar triste ou contente, de ter vencido ou de ter perdido. Por isso, aqui estamos na escola da vida.

O caminho da Perfeição é longo e dificil, mas agradável para quem compreendeu o seu fim e o meio de o percorrer.

Cada ser humano é triplo, tem um corpo fisico mortal , um espirito-duplo, originário do espirito vital animal, uma energia eterna que se transforma e acumula experiencias e uma alma imortal, centelha do Criador.

O homem é livre, com seu livre arbitrio pode escolher atingir ou não a Perfeição.

Livre e responsável pelas suas decisões, ele é o seu único juiz do que fez em cada encarnação.

Quem atinge a Perfeição, deixa de encarnar e une-se a Deus.

É a oposição no homem entre a sua parte animal e a sua parte divina que permite a esta de evoluir, de aprender para atingir a Perfeição.

O eu animal, é como um veneno, tóxico, se se abusa dele em altas doses mas benéfico e indispensável em doses controladas.

É errado dizer que se tem de matar o eu, tem de se vencê-lo sim e usá-lo como nosso cavalo dócil mas forte no caminho da Perfeição.

Este é o caminho do equilibrio, em excesso a dignidade vira orgulho, insuficiente torna-se em desleixo e desprezo por nós mesmos, assim como entre a agressividade e a passividade totais existe uma boa qualidade a meio termo.

Em equilibrio, a pessoa pode contemplar a sua origem divina, em desiquilibrio não sabe sequer quem é, o que faz, ou para onde deve ir.

Trabalhar este equilibrio é semelhante ao funcionamento de uma membrana de osmose selectiva, o que deve passar, passa, o que deve ficar retido,fica. 

A prática e todo o nosso trabalho de evolução espiritual é saber regular o que passa e o que fica.
Todo o ser humano tem capacidade (dada por Deus) para atingir a Perfeição. 

Quem o não faz, é ele mesmo que escolhe.

Todas as almas são criadas com igual potencialidade de atingir a Perfeição mas consoante a vontade de cada uma, umas esforçam-se mais e outras menos.

Existem almas com mais capacidades que outras, tipo vasos mais altos (que levam mais tempo a encher ou a esvaziar) ou mais baixos, mas Deus na Sua sabedoria, deu a cada uma em proporção, os meios de ser Perfeito. 


A Sabedoria de Deus, faz sempre uma proporção entre a força do eu animal com a força divina da alma, ou seja, a luta a travar é igual para todos. 


A uma alma fraca, de pouca capacidade, Ele não exige tanto como aos Profetas ou sábios a quem dá um eu forte e mais agressivo, pois eles têm a capacidade divina equivalente para travar a luta e vencer.

Sem comentários:

Enviar um comentário