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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Quadro das Dissoluções de Energia na Morte


QUADRO DAS DISSOLUÇÕES DE ENERGIA NA MORTE 
 Segundo a Tradição Tibetana 

As 4 Dissoluções elementais 

Dissolução               Sinal externo                             Sinal interno


Terra na água        corpo perde força              como ver uma miragem 

Água no fogo      secura, lingua seca e enrugada           como fumaça

Fogo no ar        temperatura do corpo baixa     como pirilampos a piscar

Ar na mente       longa expiração      como a luz imóvel de uma lamparina


As 4 Dissoluções do ‘vazio’

Nome                                                              Sinal interior 

1º vazio, aparência                                      flash de luz branca
2º vazio, proximidade                               flash de luz vermelha
3º vazio, realização                                          total escuridão 
4º vazio, Clara Luz da morte                           Clara Luz  


Os  sintomas da morte 


Os sintomas principais da morte que devem ser vivenciados em vida para na hora da morte eles serem reconhecidos, enfrentados e aceites são: 

1) A terra a desaparecer na água. Fisicamente é uma sensação de pressão.
O elemento Terra, de cor amarela, dissolve o elemento água. A pessoa que está morrendo, simultaneamente, vê amarelo e se sente fraco e incapaz de suportar, como se tudo à sua volta estivesse se desmoronando.

2) A água a desaparecer no fogo. Sensação fisica de frio húmido como se estivessemos imersos em água, que gradualmente entra num calor fervente.
O elemento de água dissolva o elemento fogo. Interiormente a pessoa a morrer vê branco e exteriormente, tudo à sua volta parace inundado em água. Neste ponto, a face e a garganta secam e surge uma grande sede. 
 
3) O fogo desaparecendo no ar. Como se o corpo explodisse em pedaços, em átomos pelo universo. Completa dispersão da individualidade e quebra da unidade corporal. 
O elemento do fogo dissolve-se no elemento ar. Interiormente a pessoa a morrer vê  vermelho enquanto exteriormente tudo está em fogo. A pessoa sente uma sensação de ardor como se o calor do corpo se dissipasse.

4)  O elemento de ar dissolve-se em elemento de espaço ou éter. A pessoa que está morrendo interiormente vê verde e exteriormente à sua volta, tudo anda num grande vendaval e ouvem-se grandes trovões.

5) O éter se dissolve na consciência, fenômenos tornam-se escuros e momentaneamente a consciência se perde, como num desmaio.
Estes sintomas são acompanhados por perda de controle no corpo, dos músculos, da audição, da visão, com a respiração a tornar-se convulsiva momentos antes da quebra de consciência, o chamado estertor da morte.




No momento da morte ocorrem sinais externos e internos de dissoluções de energia. 

Primeiro dissolve-se o elemento terra no elemento água.

O sinal externo é que se perde a capacidade de mover os braços ou controlar o corpo e há uma aparência de relaxamento total. Há uma sensação como se o corpo se estivesse afundando na terra.

O sinal interno é uma visão tendo uma qualidade tipo miragem.

Em seguida, o elemento água dissolve-se no elemento fogo.

O sinal externo é a secura da boca, do nariz e da língua.

O sinal interno é uma visão como de uma fumaça.

Depois o elemento fogo dissolve-se no elemento ar.

O sinal externo é que o calor do corpo começa a baixar, a partir das extremidades em direção ao coração.

O sinal interno é uma visão como a de ver faíscas, ou de ver um aglomerado de pirilampos.

Em seguida o elemento ar do pensamento conceitual dissolve-se em mente.

Aqui dissolvem as energias vitais que suportam o pensamento conceitual em consciência.

O sinal externo é que uma respiração longa é exalada, e o corpo parece incapaz de inalar. Mesmo se consegue inalar, o faz muito superficialmente.

O sinal interno é uma visão de uma luz que se assemelha à luz de uma lamparina de manteiga que não se mexe com o vento em movimento.




Depois ocorre o primeiro vazio, conhecido simplesmente como "vazio".

Esta é a experiência da visão conhecida como "aparência".

O sinal interno é de brancura, como ver o luar em um céu sem nuvens.

A consciência de "aparência" então se dissolve no segundo vazio, conhecido como "muito vazio."

Esta é a experiência da visão conhecida como "proximidade".

A visão interior é de uma luz vermelha amarelada, como o de luz ao amanhecer.

Isto se dissolve para o terceiro vazio, "o grande vazio," que está ligado á experiência da visão conhecida como "próxima realização."

A visão interna é de total escuridão, como o de um céu noturno permeado por trevas espessas.

A pessoa tem uma sensação de desmaio e perde a consciência.

Depois a pessoa emerge da escuridão e do estado de inconsciencia e surge a experiência de "vazio absoluto", também denominado de " Clara luz".

A visão é de uma cor como resultante da mistura das luzes do sol e da lua num céu livre de toda a escuridão, como o céu claro ao amanhecer.

Pessoas comuns podem ficar com esta consciência de luz clara apenas por uma mera fração de segundo antes de seus instintos cármicos e o dessassossego psicológico os puxar para longe dela.

O yogi aprende a manter-se nela por um período prolongado de tempo.

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