-- De onde vens e para onde vais ?
-- Venho de Deus na escuridão e para Deus vou na Luz.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Egrégoras, uma breve introdução



Egrégoras, uma breve introdução

Nota: Adaptado do texto no excelente blog Martinista em   http://martinismocuraecaridade.blogspot.pt/search?q=egr%C3%A9goras
       
“Cada coletivo humano, do menor: família, pequenas associações, aos maiores: povo ou agrupamentos de povos, possuem sua Egrégora, existe mesmo a Egrégora de uma época determinada que, em certo grau, torna-se uma Egrégora histórica...”
Serge Marcoutoune

Introdução:

Podemos conceituar as Egrégoras como entidades autônomas, formadas pela persistência e intensidade das correntes mentais emitidas por comunidade, associação ou fraternidade, independentes de suas intenções ou finalidades. 

O vocábulo “egrégoro”, de origem grega, significa: aquele que vigia, que cuida, ou seja, um protector e guarda de algum tipo de grupo ou coletividade


Nascimento da Egrégora:

Para entendermos melhor a questão das Egrégoras devemos sempre ter em mente o caráter de movimento vibratório constante e contínuo do plano astral, onde estes seres actuam e são formados.

É a condição plástica e maleável do plano astral que permite a formação, vitalização e configuração das formas exteriores das Egrégoras.

O plano astral é povoado por inúmeras criaturas, das mais variadas espécies e procedências, entre estas encontramos as chamadas “formas-pensamentos” ou “idéias-forças”, que nada mais são que os resultados dos pensamentos, desejos e emoções dos seres humanos encarnados aqui na Terra.

As “idéias-forças” possuem cores e formas, variando segundo a natureza e a intenção do seu emitente. 

Inicialmente, estas formas ficam presas ao seu emissor e podem arrastá-lo por uma série de choques de natureza emocional ou mesmo kármica; 
Com o tempo estas formas desprendem de seu emissor, e tornam-se criaturas vivas e autônomas, mas geralmente de duração efêmera.

Este mesmo processo ocorre quando um determinado grupo de pessoas está reunido em torno de uma idéia ou doutrina, gerando um infinito número de pequenos seres astrais que, por possuírem afinidades entre si, unem-se formando uma unidade coletiva ou um grande ser astral, dando nascimento ao que chamamos uma Egrégora, representada individualmente por seu gênio, que a defenderá e guiará enquanto sua finalidade primeira for mantida e seguida pelos membros do grupo. 

A Egrégora é um ser tipicamente astral, pois seu centro e seu eixo estão situados neste plano, embora a força para sua criação seja externa e necessite de uma efetiva ligação com o mundo material e físico para a manutenção de uma forma estável.

No astral, estes seres enormes, refletem as diferentes cores das múltiplas vibrações disponíveis com a força da emoção e da paixão astral correspondente, concedendo-lhe, segundo Serge Marcoutoune, uma imagem muito curiosa. 

Uma Egrégora pode ser classificada como: morna, espiritualizada, negativa e maléfica, conforme os objetivos e intenções dos membros do grupo formador e guarda da sua vitalidade astral.

A Egrégora é alimentada pelas orações, rituais, mantras e ladainhas de seu grupo formador.
É desta maneira que nascem os deuses protetores dos povos e nações.
E é a qualidade e finalidade destas orações e rituais o elemento determinante do tipo de Egrégora formada.
Isto explica o segredo de certos santuários de curas e milagres.

O grande perigo é quando uma Egrégora negativa torna-se autônoma ou é abandonada com o fechamento do grupo ou religião originária, ganhando, desta forma, uma vida independente que poderá torná-la um verdadeiro demônio para vampirizar e tiranizar seus crentes, na busca insaciável por matéria astral para sua perpetuação como entidade livre, cuja existência, está condicionada na manutenção de um ponto de apoio no plano físico.

Aqui entendemos a necessidade e a exigência de sangue por parte de certas “entidades” ou “seres” em determinadas religiões e seitas. 

Entretanto, quando a finalidade do grupo é de ordem espiritual autentica, esta Egrégora pode ser animada e vitalizada, também, por um Ser superior ou Gênio que passará a orientar e auxiliar este grupo.

Esta situação ocorre quando o ser-eixo do grupo é uma pessoa realmente dedicada e eficaz em uma destas modalidades:

- pelo poder anímico do entusiasmo e da dedicação até o heroísmo e a morte, se preciso for (perigo aqui é o fanatismo); 

- ou pelo poder mental do conhecimento, do discernimento e da eficiência intelectual, etc. (perigo aqui é o orgulho, o personalismo);

 - ou pelo poder psíquico (perigo aqui é a unilateralidade)  

- ou pelo poder da entrega, apoiada: ou na prece e na fé; ou numa confiança sem complicações (perigo aqui é a dúvida e depressão) 

Outra condição importante é a postura dos demais membros da Igreja, Seita, Loja, grupo ou Fraternidade que deve estar pautada na amizade, fé, harmonia, com ânimos desprovidos de conflitos, rixas, ódios e conspirações de qualquer tipo ou natureza.

Nas condições descritas acima a Egrégora proporciona ao representante desta Coletividade, todos os avisos, medidas preventivas, defensivas e as mais diversas informações para a preservação do trabalho do grupo.

Mas como lembra Sevananda Swami, isto exige alguns sacrifícios pessoais por parte do Ser-eixo, que vão desde os pequenos sofrimentos físicos para resgatar os erros e defeitos dos membros do grupo até a eliminação destes de seu seio.

Há ainda as chamadas “Egrégoras descedentes”, fruto direto da intervenção de um Mestre, Anjo ou outro Ser espiritual que cria uma “Entidade” para apoiar um determinado grupo por ele protegido e escolhido para atuar em sua Via de ação.

Neste caso, esta Egrégora é o canal pelo qual descerá a Graça Divina para este grupo ou coletividade.

Por fim, há as Egrégoras das Cadeias Iniciáticas e das Grandes Religiões que servem á Obra sacrificial de expiação do Filho de Deus para salvar a humanidade.

Estas não são controladas por gênios ou qualquer tipo de Mestre, mas por Seres Reintegrados e pela Vontade divina.

Estas Egrégoras servem de apoio, inspiração e emanação de força e Graça para as demais egrégoras espiritualistas ou de interesse dos planos cósmicos Superiores.

Morte da Egrégora: 

Uma Egrégora pode ser dissolvida nas seguintes hipóteses:

a) Quando o grupo termina, e devido à fraca atuação de suas orações ou rituais, é dissolvida em um tempo relativamente curto;

b) Quando atinge o objetivo para qual foi criada.

c) Quando uma Egrégora é absolvida por outra de uma nova religião mais forte e consistente.

d) Quando há uma guerra de Egrégora e uma destrói a outra totalmente nesta batalha astral.

e) Quando é destruída conscientemente pelos Mestres cósmicos.

Terminada a missão, conforme uma das razões acima, a egrégora dissolve-se e perde completamente sua individualidade e o Gênio, quando existe, retorna aos planos superiores, onde novas tarefas o aguardam.


Conclusão:
Diante do relatado cabe, aos verdadeiros espiritualistas, controlarem seus pensamentos para não criarem monstros astrais de perigosas e incalculáveis conseqüências e aos grupos Iniciáticos praticarem seus rituais dentro do maior espírito de entrega e seriedade possível para propiciar a criação de verdadeiros Anjos da luz, veículos da vontade e aspiração dos seres Regenerados e Reintegrados ao nosso Divino Criador.

1 comentário:

  1. Obrigada pele informação. Foi muito importante para mim. Esclareci algumas questões.

    ResponderEliminar