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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Lendas e Mitos sobre Santiago de Compostela


Lendas e Mitos sobre Santiago de Compostela


No local actual da Catedral existiu desde tempos imemoriais uma zona sagrada para os povos que aí habitavam.  

É uma zona onde junto a inúmeras fontes de agua (base primária para o estabelecimento de povos) existe uma confluência de linhas energéticas tal como acontece em todos os locais sagrados pelo mundo fora (Fátima, Tomar, Lurdes, Stonehendge, certas zonas dos Himalaias , etc), daí os povos primitivos na sua sabedoria as escolherem como locais sagrados onde os seus Deuses eram cultuados.

A Europa está coberta por um vasto sistema de linhas de energia. Montanhas sagradas europeias e santuários de peregrinação, como Santiago de Compostela, na Galiza, estão todos ligados a este sistema de energia com origem no monte Pamir. A título de curiosidade, é importante lembrar que Portugal também possui uma linha energética recta, que vai de Santiago de Compostela a Tomar. Daí que as peregrinações ao local de culto de Santiago de Compostela já se fizessem na antiguidade, muito antes de ter surgido o cristianismo. A actual catedral foi erigida por cima de templos druídicos e romanos. Assim, não constitui surpresa verificarmos que ao longo da história encontramos o fenómeno de apropriação de lugares sagrados ou mágicos e que, quando uma religião nova chega pela primeira vez a um território, tenha a tendência de substituir a fé anterior, tomando para si os antigos locais sagrados, os santuários. Esta tem sido a fórmula encontrada para o sucesso da nova religião que, assim, não rechaça de forma brusca a antiga crença, antes aceitando os antigos locais de culto para uso próprio. A cristianização é o caso mais concreto da forma como eram transformados os antigos templos de culto, de cariz pagão, em templos de tradição religiosa cristã, bastando para o efeito colocar uma imagem ou uma cruz em cima do monumento, sendo este muitas vezes um megálito, sobretudo em Portugal e na costa atlântica europeia.
 
Os Celtas (o primeiro nome medieval conhecido do local da cidade é Libredón, que para alguns teria origem celta =castro do caminho) que habitaram a Galiza durante longos anos aí também praticavam as suas cerimónias religiosas.


Foi sempre um local de peregrinações vindas da Iberia e da Europa central.

Os Romanos e o Cristianismo por norma, quando vêem que o povo tem uma tradição antiga e é a ela apegado, não a aniquila, mas tenta alterar, usando o mesmo local, e criando uma lenda para o efeito, de modo a manter por razões politcas a população local aí 'fixada'. 

Em Compostela aconteceu isso mesmo, existem indicios, não provados, de um templo romano nesse local a Jupiter, e depois com a lenda cristã sobre o Apóstolo Santiago.

Nos inicios (sec.3) da implantação do cristianismo em Santiago houve um 'problema' teológico dentro da Igreja, com um sacerdote cristão denominado Prisciliano, bispo de Ávila, que pretendia o regresso aos valores originais de pobreza e abandono dos bens materiais preconizados por Cristo contra a politização e opulência crescente da igreja) com uma tal dimensão que provocou sérios problemas ao controle politico-religioso da população local pela hierarquia cristã da altura e que deu origem à condenação e morte desse sacerdote (precedendo em alguns seculos a Inquisição), dando assim origem ao 1º martir cristão pela sua própria igreja.




Por isso, se pergunta ainda hoje quem está sepultado na cripta da catedral, o Apostolo Santiago ou Prisciliano ou outra personagem, dúvidas que vão permanecer enquanto não houver 'licença' oficial da Igreja para se abrir o caixão da cripta e estudar o corpo que aí possa estar sepultado.



 "Sou um ignorante, no campo da ciência; e, no campo teológico, um herético. Prefiro Platão a Aristóteles e Orígenes a Santo Agostinho, e o galego Prisciliano ao São Tiago de Compostela, essa múmia simbólica duma Jerus(sem)além."
Teixeira de Pascoaes

"Nada ou quase nada se conhecendo a seu respeito, posso imaginar para ele (Prisciliano) e lho atribuir tudo quanto a mim me apeteceria ser e proclamar."
Agostinho da Silva

  
A reportagem abaixo da televisão portuguesa TVI reflecte este tema no seu conteudo histórico e cientifico com especialistas universitários portugueses e galegos.





Outros links de interesse

http://eduardoamarantesantos.blogspot.pt/2013/07/prisciliano-e-gnose-ou-aproximacao-do.html

http://www.elmundo.es/cronica/2003/399/1055060973.html

http://gnosiberica.blogspot.pt/2011/07/mpostela-sou-um-ignorante-no-campo-da.html

http://www.infopedia.pt/$priscilianismo;jsessionid=nA5CvYHpc802J5jsv0zgYw__

http://pt.wikipedia.org/wiki/Prisciliano

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