Exercicio de Visualização da Morte
segundo ensinamentos tibetanos
Costuma dizer-se que a única coisa certa na vida é a morte.
E como morrer com dignidade ?
Diz-se que vivendo com dignidade também, honrando o nosso estatuto de ser humano criado à imagem de Deus e com uma missão especifica nesta terra ao nela nascer.
Como dizia um mestre Tibetano, morrer dignamente é morrer de modo deliberado, pura e simplesmente.
Não de modo descontrolado, mas de modo bem aventurado, controlado, é esse o nosso direito humano.
‘’Viva para que, em vez de morrer angustiado num estado deprimido e miserável, você morra num estado bem aventurado’’.
‘’Quem toma a resolução: ‘Quando eu morrer, vou controlar minhas emoções e morrer em paz’ e a pratica no dia a dia da vida, está motivado e a motivação tem poder, chegada a hora da morte, essa resolução será lembrada, você saberá o que fazer nessa hora e a transição será pacifica.
Quem o não fez, vai acabar tremendo de medo e perder o controle.
Nunca é tarde para começar a motivar-se e a praticar, mesmo que morra amanhã, mantenha-se calmo e seja um ser humano feliz hoje.
Mantendo-se atento à sua resolução no dia a dia, viverá em pleno e chegada a hora da partida, partirá tranquilo e em paz, pois a vida foi desfrutada e a morte afinal não mete medo nenhum ao ser humano que morre com dignidade ’’.
O corpo humano é formado pela junção de 4 elementos, terra, água, fogo e ar.
Ora, quando se morre acontece o processo inverso, o corpo é decomposto e esses 4 elementos saem do corpo e se separam cada um para seu meio.
Vamos fazer um exercicio que permite ‘sentir’ as fases desta dissolução e encarar com tranquilidade este momento importante da vida.
Convém ter o estomago vazio, 3-4 horas após refeição.
Sente-se com a coluna direita mas confortável.
Feche os olhos.
Vamos limpar os ares ou ventos internos e meditar com a técnica seguinte :
Com a parte de trás do dedo indicador direito tape a narina esquerda e inspire-expire lentamente por 3 vezes pela narina direita.
Com a parte de trás do dedo indicador direito tape a narina direita e inspire-expire lentamente por 3 vezes pela narina esquerda.
Agora inspire-expire lentamente por 3 vezes pelas duas narinas.
Tente ao inspirar visualizar a entrada de ar puro que o purifica, ao expirar visualizar todas as impurezas que tinha dentro de si a sair para fora.
Concluiu assim as 9 rodadas de limpeza dos ares ou ventos internos.
Agora visualize que as suas narinas estão ligadas a dois canais laterais, esquerdo e direito e a um canal central.
Inspire lentamente e visualize o ar a encher os dois canais laterais que ficam inchados como dois balões.
Retenha a respiração enquanto engole um pouco de saliva e pressiona o diafragma que vai empurrar o ar ainda mais para baixo para a zona do umbigo.
Quando não aguentar mais a retenção do ar, solte-o com energia como uma flecha disparada pelo canal central para sair pela boca com um barulho sonoro de libertação.
Sinta esse som e esse libertar.
Faça isto por 3 vezes.
Nota 1:
Na doutrina budista existe um numero fixo de respirações que cada pessoa tem de fazer durante a sua vida, quando esse número se acaba, morre.
Logo, se em cada dia respirarmos mais devagar e lentamente, mais anos teremos de vida.
Nota 2 :
Na doutrina budista existe um numero fixo de respirações que cada pessoa tem de fazer durante a sua vida, quando esse número se acaba, morre.
Logo, se em cada dia respirarmos mais devagar e lentamente, mais anos teremos de vida.
Nota 2 :
Esta técnica de respiração ao fazer movimentar os ares ou ventos internos pelos canais laterais e os absorvendo e canalizando no canal central produz o equivalente aos estágios de dissolução dos 4 elementos que occorre na morte e nos prepara para essa vivência visualizada que faremos a seguir.
Dessa forma, com a visualização da dissolução dos elementos trazemos as experiências do processo da morte para a nossa vida.
A dissolução dos elementos tem uma conotação negativa pois normalmente é seguida da morte o que não é agradável, pois não queremos nada com ela.
Mas o adepto sucedido (o yogui no seu auge) traz essa experiência para o aqui e agora e a transforma em algo bem aventurado e é isso que nos deve motivar para praticarmos também durante a nossa vida essa experiência e tirarmos dela os ensinamentos que nos serão preciosos quando a nossa hora chegar.
Esta prática é baseada no Livro dos Mortos Tibetano que nos diz :
Os sintomas da morte
Os sintomas principais da morte que devem ser vivenciados em vida para na hora da morte eles serem reconhecidos, enfrentados e aceites são:
1) A terra a desaparecer na água. Fisicamente é uma sensação de pressão.
O elemento Terra, de cor amarela, dissolve o elemento água. A pessoa que está morrendo, simultaneamente, vê amarelo e se sente fraco e incapaz de suportar, como se tudo à sua volta estivesse se desmoronando.
2) A água a desaparecer no fogo. Sensação fisica de frio húmido como se estivessemos imersos em água, que gradualmente entra num calor fervente.
O elemento de água dissolva o elemento fogo. Interiormente a pessoa a morrer vê branco e exteriormente, tudo à sua volta parace inundado em água. Neste ponto, a face e a garganta secam e surge uma grande sede.
3) O fogo desaparecendo no ar. Como se o corpo explodisse em pedaços, em átomos pelo universo. Completa dispersão da individualidade e quebra da unidade corporal.
O elemento do fogo dissolve-se no elemento ar. Interiormente a pessoa a morrer vê vermelho enquanto exteriormente tudo está em fogo. A pessoa sente uma sensação de ardor como se o calor do corpo se dissipasse.
4) O elemento de ar dissolve-se em elemento de espaço ou éter. A pessoa que está morrendo interiormente vê verde e exteriormente à sua volta, tudo anda num grande vendaval e ouvem-se grandes trovões.
5) O éter se dissolve na consciência, fenômenos tornam-se escuros e momentaneamente a consciência se perde, como num desmaio.
Estes sintomas são acompanhados por perda de controle no corpo, dos músculos, da audição, da visão, com a respiração a tornar-se convulsiva momentos antes da quebra de consciência, o chamado estertor da morte.
Vamos começar de novo de olhos fechados e vamos levantar a mão direita, palma virada para cima e aberta, visualizando que na palma da mão existe um pedaço de terra.
Dessa forma, com a visualização da dissolução dos elementos trazemos as experiências do processo da morte para a nossa vida.
A dissolução dos elementos tem uma conotação negativa pois normalmente é seguida da morte o que não é agradável, pois não queremos nada com ela.
Mas o adepto sucedido (o yogui no seu auge) traz essa experiência para o aqui e agora e a transforma em algo bem aventurado e é isso que nos deve motivar para praticarmos também durante a nossa vida essa experiência e tirarmos dela os ensinamentos que nos serão preciosos quando a nossa hora chegar.
Esta prática é baseada no Livro dos Mortos Tibetano que nos diz :
Os sintomas da morte
Os sintomas principais da morte que devem ser vivenciados em vida para na hora da morte eles serem reconhecidos, enfrentados e aceites são:
1) A terra a desaparecer na água. Fisicamente é uma sensação de pressão.
O elemento Terra, de cor amarela, dissolve o elemento água. A pessoa que está morrendo, simultaneamente, vê amarelo e se sente fraco e incapaz de suportar, como se tudo à sua volta estivesse se desmoronando.
2) A água a desaparecer no fogo. Sensação fisica de frio húmido como se estivessemos imersos em água, que gradualmente entra num calor fervente.
O elemento de água dissolva o elemento fogo. Interiormente a pessoa a morrer vê branco e exteriormente, tudo à sua volta parace inundado em água. Neste ponto, a face e a garganta secam e surge uma grande sede.
3) O fogo desaparecendo no ar. Como se o corpo explodisse em pedaços, em átomos pelo universo. Completa dispersão da individualidade e quebra da unidade corporal.
O elemento do fogo dissolve-se no elemento ar. Interiormente a pessoa a morrer vê vermelho enquanto exteriormente tudo está em fogo. A pessoa sente uma sensação de ardor como se o calor do corpo se dissipasse.
4) O elemento de ar dissolve-se em elemento de espaço ou éter. A pessoa que está morrendo interiormente vê verde e exteriormente à sua volta, tudo anda num grande vendaval e ouvem-se grandes trovões.
5) O éter se dissolve na consciência, fenômenos tornam-se escuros e momentaneamente a consciência se perde, como num desmaio.
Estes sintomas são acompanhados por perda de controle no corpo, dos músculos, da audição, da visão, com a respiração a tornar-se convulsiva momentos antes da quebra de consciência, o chamado estertor da morte.
Vamos começar de novo de olhos fechados e vamos levantar a mão direita, palma virada para cima e aberta, visualizando que na palma da mão existe um pedaço de terra.
Visualizando este pedaço de terra escura, compreendemos que o nosso corpo é feito da mesma terra e vamos agora soprar ( na realidade) com força nessa terra (imaginária) para ela ser canalizada por um tunel de cor branca e se dispersar e desaparecer nesse tunel sem fim.
Você se sente envolvido nessa luz branca e repousa, sentindo-se a romper com essa parte de si mas em paz sem temor pois essa luz branca lhe dá tranquilidade e o aproxima de um estado de espirito mais tranquilo.
Agora na palma da mão aberta, visualizamos um pouco de agua e igualmente compreendemos que o nosso corpo é composto dessa mesma agua.
Vamos agora soprar (na realidade) com força nessa agua (imaginária) para ela ser canalizada por um tunel de cor vermelha e se dispersar e desaparecer nesse tunel sem fim.
Esta luz vermelha o envolve e aumenta a sensação de rotura interior mas ao mesmo tempo de paz e de mais bem aventurança.
Repouse um pouco nessa luz vermelha e deixe-se envolver nela sem temor algum.
Agora na palma da mão aberta, visualizamos uma chama acesa, um fogo a arder, e compreendemos que o nosso corpo tem em si esse mesmo fogo .
Vamos agora soprar (na realidade) com força nesse fogo (maginário) para ele se extinguir num tunel de cor preta.
Esta luz preta é como a noite antes do nascer do sol, é necessária, é fundamental para o sol brilhar de novo, não é causa de medo nem de pânico algum, deixe-se ficar nessa escuridão em repouso, meditando nesta fase chave do percurso humano na morte por alguns momentos.
Nesta fase sentimos uma rotura mais forte que longe de nos preocupar nos alivia de um peso, sentimos mais leveza e mais paz interior.
Agora na palma da mão aberta, visualizamos que nela existe uma esfera de ar e interiorizamos que o nosso corpo também é composto desse mesmo elemento.
Vamos agora soprar (na realidade) com força nesse ar (imaginário) para ele se dispersar no meio de uma clara Luz.
Nessa clara Luz mergulhamos sem medo, pois ela nos proporciona a Paz final, o nosso encontro com o nosso destino, a nossa Casa, o nosso Pai.
Com a visão da clara Luz a bem aventurança se torna sabedoria não dual que abraça a realidade universal inteira.
Desaparece de vez a dualidade, você está numa clara Luz de ser bem aventurado, feliz, sua consciencia abraça todo o universo, não há dúvidas, questões ou pensamentos mentais, você é Um com o que o envolve, está num estado limpido e claro, essa é a experiência real, repouse nela por mais um tempo antes de regressar à realidade abrindo os olhos.
Unificar bem aventurança com a sabedoria da não dualidade é algo muito profudo, a mais subtil e profunda experiência do mundo.
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