Parte 9 e Final
As duas liberdades, a verdadeira e a natural.
No reino celeste não há nada de próprio, daí tudo estar em paz e felicidade.
Se houvesse algo de próprio saia logo para o inferno, onde todos têm sempre algo de próprio.
Neste mundo o homem está entre os dois reinos e pode ir para um ou para outro.
‘ O homem é criado e colocado entre dois termos, a eternidade e o tempo.’
Quanto mais tem e mais quer de próprio mais tende para o inferno.
Quem tem ou quer ter algo de próprio, pensa que é livre mas fica como que prisioneiro desse algo ( que se torna proprietário dele) ou seja, a sua liberdade não é verdadeira mas natural.
Quem nada tem de próprio é livre de tudo, não é propriedade de ninguem, goza da liberdade verdadeira.
Como diz Jean Tauler : O homem nada tem próprio, tudo pertence a Deus em plena e imediata propriedade .
A liberdade natural pensa ter tudo abandonado mas quando lhe pedem para levar a cruz ela diz que não precisa, já ‘estou noutro patamar’ e ‘não preciso do peso da cruz’.
Engana-se ! Se por uma vez tivesse ‘saboreado’ a cruz nunca a abandonaria.
O natural, o próprio quer evitar o sofrimento a todo o custo mas sem cruz.....nada feito!!.
Abandonar o eu, nada ter de próprio, ter a verdadeira liberdade é o necessário para Deus se tornar homem em nós e tornar a nossa vida Perfeita pois passamos a ser para Deus o que a mão é para o homem.
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